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Os crimes mais brutais da década de 90

Crimes sempre fez parte da vida humana, principalmente na década de 1990 onde ocorrem crimes macabros que irei citar nesse blog. Esses crimes chamam a atenção pelo perfil dos envolvidos, pela brutalidade, pelo inesperado. Vez ou outra, interrompem as programações das emissoras de televisão nos plantões ou em coberturas que parecem não ter fim. Mas, depois, somem. Desaparecem do foco da mídia, mas ficam recordados nas mentes dos brasileiros. Assim são os crimes que chocaram o Brasil....

O crime da motoserra

Hidelbrando Pascoal
Fonte: Desciclopedia

Em 1996, Agílson Santos, o Baiano, foi torturado, morto e seus restos mortais jogados em uma avenida de Rio Branco (AC). A vítima teve braços, pernas e genitália amputados com uma motosserra, além de ter os olhos perfurados. Baiano teria sido executado por suposto envolvimento no assassinato de Itamar Pascoal, irmão do então coronel Hildebrando Pascoal. Além disso, o filho de Baiano também foi torturado com requintes de crueldade, foi torturado com ácido e tiros de arma de fogo, tudo isso por não saber do paradeiro de seu pai que era procurado pelo Hidelbrando. O militar e também ex-deputado federal foi apontado como líder de um grupo de extermínio que agia no Acre. Condenado por duas mortes de testemunhas do caso, por tráfico de drogas e por trocar votos por cocaína, o ex-deputado foi preso em 1999. Em 2009, Hildebrando foi condenado a mais 18 anos de prisão pelo que ficou conhecido como "crime da motosserra".

Pc Farias

Pc Farias e namorada
Fonte: O povo

Pc Farias ganhou notoriedade por atuar como chefe de campanha de Fernando Collor de Mello e por seu envolvimento no escândalo de corrupção que levou ao impeachment deste, por sua fuga do país e pelas circunstâncias controversas com que foi assassinado. PC Farias foi encontrado morto, junto com sua namorada Suzana Marcolino, na praia de Guaxuma em 1996. Investigações do legista Badan Palhares deram como resultado que Suzana Marcolino matou PC Farias e suicidou-se em seguida. O caso é considerado oficialmente apenas como um crime passional, mas para o médico-legista alagoano George Sanguinetti e o perito criminal Ricardo Molina de Figueiredo, o casal foi assassinado. O promotor Luis Vasconcelos não se conformou com a versão oficial, continuando as investigações e levantando supostas evidências da presença de terceira pessoa na cena do crime. Posteriormente, ele denuncia à Justiça os ex-seguranças de PC (e até hoje funcionários da família Farias) Adeildo dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar dos Santos e José Geraldo da Silva que são pronunciados. A defesa recorre até o STF que nega o último recurso em junho de 2011 decidindo que os réus vão a Júri Popular. Os réus foram a julgamento em maio de 2013, sendo considerados inocentes das acusações.

As contradições do caso PC Farias foram objeto de matéria jornalística no programa Linha Direta da Rede Globo em 1999, que marcou a estréia do programa.

Tim Lopes

Tim Lopes
Fonte: Wikimedia Commons

Tim Lopes foi um repórter investigativo brasileiro, produtor da TV Globo de 1996 até o seu assassinato em 2002. Era casado com a estilista Alessandra Wagner havia dez anos. Tinha um filho de 19 anos, Bruno, nascido do seu primeiro casamento. Seu assassinato foi macabro, primeiramente foi sequestrado por traficantes no Rio de Janeiro e torturado. Em um "ritual macabro" de violência, eles queimaram os olhos de Lopes com um cigarro e Elias Maluco, usando uma espada de samurai ou uma espada do tipo "Ninja-tō", cortou as mãos, braços e pernas de Lopes enquanto ele ainda estava vivo. Os outros traficantes, incluindo André Capeta e Ratinho, também participaram da tortura. A polícia foi posteriormente informada de que havia sangue em vários dos traficantes que estavam reunidos ao redor. Lopes foi colocado dentro de vários pneus, coberto de combustível diesel e incendiado. Esse processo, que se tornou institucionalizado entre traficantes nas favelas mais violentas do Rio na época, era chamado de micro-ondas.

Índio Galdino

Índio Galdino
Fonte: G1

Galdino Jesus dos Santos foi um líder indígena brasileiro da etnia pataxó-hã-hã-hãe que foi à Brasília, no dia 19 de abril de 1997, para tratar de questões relativas à demarcação de terras indígenas no sul do estado da Bahia. Após finalizadas as comemorações do Dia do Índio, o líder indígena voltou até a pensão em que estava hospedado e, impedido de entrar por causa do horário, abrigou-se em uma parada de ônibus na W3 Sul (bairro central da cidade), onde foi vítima de brutal crime cometido por 5 assassinos da alta sociedade de Brasília.

Na madrugada de 20 de abril de 1997, cinco assassinos da alta classe de Brasília – Max Rogério Alves, Antonio Novely Vilanova, Tomás Oliveira de Almeida, Eron Chaves Oliveira e Gutemberg Nader Almeida Junior, à época, menor de idade – atearam fogo em Galdino enquanto ele dormia. Segundo o texto do processo judicial, o grupo passou pela parada de ônibus onde estava Galdino, foram até um posto de abastecimento para comprar dois litros de combustível e retornaram até a parada de ônibus. Enquanto Eron Chaves de Oliveira e Guetemberg despejavam o líquido no corpo de Galdino, os demais atearam fogo e logo depois fugiram do local. A vítima sofreu queimaduras graves em todo corpo e morreu horas depois, por complicações causadas pelas lesões. O crime reavivou discussões importantes sobre a questão das demarcações de terras indígenas e causou protestos em todo o país.

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